Ajudar alguém Sem perguntar quem?

AJUDAR ALGUÉM

SEM PERGUNTAR  QUEM?





 

 

Sabe quando você ajuda uma pessoa de coração, sem esperar por retorno nenhum, e ainda assim se decepcionar ou se arrepender de ter ajudado?

Eu mesma acho que magoei muito a pessoa que mais me ajudou.

Então as palavras que lerá em seguida, não é de nenhum santo sobre um pedestal. Não é de alguém que está aqui pra julgar o juízo e nem as pessoas aqui mencionadas.

 

Rosa foi uma pessoa que sempre ajudei, e ela teve vários momentos de fome ao lado de Fatinha. Mas não poderia fazer muito, neste momento em que ela me pediu comida.

Trouxe legumes ela agradeceu sem graça, embora desconfie que ela, mesmo necessitada,  deu os legumes para minha prima Maria, que morava no mesmo quintal.

Não falarei sobre ela, falarei sobre o seu caso, a Telma, com quem ficou morando, depois de terminar com Fatinha.

 

Telma era pedreira, tinha uma espécie de trabalho fixo na casa de uma família, mas costumava pegar serviços aqui e ali.

Então, quando precisava de algum reparo ou coisa boba, que se resolveria em poucas horas a chamava, principalmente para ajudar Rosa.

Uma vez indiquei ela ao meu irmão. Era coisa grande.

Alex aceitou e começou a fazer o trabalho.

Abandonou logo em seguida. Sendo que o Alex a buscava todo dia em casa de carro.

Ela e Rosa brigaram, Telma sumiu da casa de Rosa por uns dias, e apesar de não estar fazendo nenhum favor, abandonou a obra pela metade.

Telma era difícil, desconfiada, principalmente comigo. E eu nunca lhe dei razão para isso, mas tudo que fazia falava, mesmo numa conversa amena ou brincadeira, ela reclamava de mim pra Rosa e pra qualquer um.

Vocês não têm como adivinhar a minha capacidade de adquirir ojeriza gratuita das pessoas.

Dizem que é por eu ter “cara de nojenta”.

Enfrentei coisa parecida com outra amiga de Rosa, a Neuza.

Ela era tão cismada que mesmo que eu estivesse conversando com a Rosa sobre um assunto qualquer, ela começava a gritar e me pagar geral. Pois tudo que eu dizia, mesmo se fosse coisa aleatória, ela acreditava que estava falando sobre ela.

Nunca briguei, apenas parei de frequentar a casa da Rosa. Quando ela perguntou-me o porquê, eu disse.

Sabendo da sua presença, eu nem fui na festa de aniversário do seu “neto”. Uma festa que ajudei a bancar.

 

Voltando a Telma, apesar de tudo, pois eu tinha uma estranha passividade com as pessoas, hoje nem tanto, eu desconfiei da sua má vontade comigo, quando em mais um trabalho pago, colocaria um basculante com uma janela com vidros coloridos. Pequeno, bonito, inteiro que apareceu no ferro-velho.

Despreocupada, saí, e quando voltei, ela havia colocado o basculante na parede, porém sem os vidros, pois havia deixado cair...

Era pra eu mandar desfazer tudo e fechar o buraco na parede.

Nunca mais...

Rosa morreu, e Telma ficou “viúva”, porém já havia um ano que não falava mais com Rosa, a culpa não foi de Telma, deixo isso bem claro, um bom tempo depois, a vi em Nova Iguaçu, fazendo carinho num pet de loja de ração.

Desconfio que ela me viu, pois continuou totalmente paralisada, sem mexer nada do corpo, apenas os dedos dentro da jaula, acariciando o animalzinho, para não me “ver” e me cumprimentar.

Não esperava outra reação.

Ela nunca gostou de mim mesmo, e apesar de tudo que fiz pela Rosa, (e por ela) se de graça ela já me odiava, imagina depois da morte dela.

 

Uma vez, assistindo um canal no YT, lembrei desse rapaz.

A tragédia na vida da mulher no caso que ela narrava, começou quando ela contratou um rapaz por pena.

Foi o nosso caso.

Ele apareceu no ferro-velho, pedindo emprego, ganhava meio salário mínimo num depósito de bebidas, filho pequeno e esposa grávida.

A gente não precisava, mas pelo desespero e a história do rapaz, contratamos.

Com menos de um mês, pediu empréstimo pra comprar uma TV, uma cama e um berço para a casa e o filho.

Adquirimos um carnê das casas Bahia, com os móveis que ele escolheu.

Ele era impaciente, atendia mal os fregueses e pegou um deles pelo pescoço, em seguida, começou a faltar. Apareceu cheio de marra, brigou com Alex.

Se sentiu roubado quando disse que descontaríamos dos seus direitos, a TV, a cama e o berço que ainda estávamos pagando. Lembro que ele não ficou nem três meses trabalhando para nós.

Rosa uma vez o viu, e sem saber, quando perguntou pela gente, saiu meia hora de pragas contra nós.

Às vezes me pergunto se essas pragas rebateram no Alex, pra caírem todas em cima de mim...

Depois com mais vivência, descobri que ele é um tipo muito comum de trabalhador.

O trabalhador que não gosta de trabalhar e que detesta os patrões, mesmo eles sendo legais.

Talvez ele deteste a vida.

Essas pessoas imploram por emprego, e quando arranjam, infernizam no trabalho, para forçar demissão ou pedem demissão forçando uma negociação, e recebendo os direitos, ficam alguns meses em casa, até escolher a próxima vítima.


Meu comentário e as respostas



Tem a clássica Tia Leninha, mas essa ai é tão recorrente no blog que deixarei uns links sobre a peça.

Paulina, que por toda vida, reclamava, chorava, era maltratada pelos irmãos, quando a minha mãe a acudiu, pediu pra sair, olha que D. Aparecida a ajudou de coração, bancou até uma festinha de aniversário pra ela e lhe presenteou com um vestido seu...

Paulina morreu sendo vítima das suas decisões, principalmente quando a vida lhe dava uma chance de mudar.





Ficou curioso? Links sobre Tia Leninha


A médium da família


Ano novo com Tia Leninha

Até onde ia a sua arrogância

O seu Buda que quase faliu meu pai



A complicada vida e morte de Paulina


 

 Essa semana provavelmente publique mais um capítulo de Anthony. Não conhece a história? Quer acompanhar o desenvolvimento de uma história em tempo real? Conheça os 3 primeiros capítulos.

Anthony



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