Meus Primeiros Erros

MEUS PRIMEIROS ERROS




 

Não sei a idade média do público do meu blog, entretanto, acredito que tenha uma porção considerada de adolescentes entre ele. Então leia este texto, você, adolescente que cursa o segundo grau ou o atualmente ensino médio.

 

Talvez muitos já tenham a experiência do primeiro emprego. Esse texto também não sirva pra você. A não ser que o seu primeiro emprego seja entre a própria família, e que realmente não tenha passado por uma seleção corporativa, apesar de essa sua experiência seja crucial para o seu aprendizado corporativo.

 

Terminei meus estudos num período difícil. Na era Collor, confisco, falência, pais de família que adoeceram e morreram, suicídios...

Era um período em que a classe média realmente empobreceu, e quem já era pobre, ficou miserável.

Não existe classes rivais. Ambas coexistem numa ajuda econômica mútua.

Esse papo de concentração de renda é balela. Coisa de comunista que acha que igualdade é todo mundo miserável, dependendo do Estado, enquanto o próprio partido e sua cúpula de amigos do rei, vivem muito bem, obrigado.

Se a padaria falir, não haverá emprego para o padeiro, para a confeiteira, para o atendente, o caminhoneiro do distribuidor de farinha será demitido por falta de demanda, por aí.

O confisco foi uma forma de igualar os brasileiros na miséria. Forçar uma crise tão braba, para que o consumo caísse em níveis jamais vistos e assim, forçar a queda de preços. Esquecendo que o único causador da inflação é o governo com suas impressões de dinheiro via Estado gigante, incapaz de pagar as próprias contas.


 

Nesse tempo, a informação era difícil e escassa.

Não havia como clicar num site e ouvir dicas de entrevistas com os repugnantes RHs, o que vestir, o que escrever no currículo, por onde e como começar. Tão pouco, não havia como se inscrever de forma remota. Era comprar o jornal, assinalar um anúncio e ir no endereço indicado as cinco da manhã.

 

Se havia toda essa conjuntura contra mim, eu ainda não tive o chamado QI ou pistolão.

Quando você se candidata a uma vaga, indicado por alguém que trabalha na empresa. Quase sempre é meio caminho andado ou mais, ele ainda é muito importante. Então mantenha contatos com amigos que estejam dispostos a te ajudar. O cara que já trabalha há alguns anos em uma empresa e sabe das suas qualidades.

Mantenha vários contatos. Não conte com apenas um. Você realmente nunca terá certeza se ele realmente vai te ajudar. A probabilidade é que entre os 10 ou mais que você conhece, um realmente acredite em você. Lembro que indicar um amigo a uma vaga, e ele se mostra problemático no trabalho, queima o funcionário que o indicou.

Também não tive apoio da minha família. Parece indiferente desimportante, mas família conta muito. Afinal, seus pais podem conhecer um amigo ou amigo de um amigo que sabe de uma vaga que onde você se encaixaria perfeitamente.

Quem recusaria no mínimo ao ouvir o apelo de uma mãe ou as palavras orgulhosas de um pai sobre o seu esforçado filho?

Nunca arrumou o seu quarto? Sempre resmungava quando seu pai lhe chamava para ajudar em alguma obra ou conserto da casa? Talvez você tenha chances de mudar essa visão negativa passando a ajudar agora, falar com eles dos seus planos e sonhos reais. Melhore suas notas também, ok?

 


Todos falavam na minha cara que eu não servia pra emprego nenhum, que não aguentaria uma semana de trabalho que não era capaz nem de empacotar compras de mercado.

Num momento de crise econômica o único emprego que resiste a ele é o de vendedor autômato.

Sei que hoje está mais fácil, você cria um Instagram, faz vídeos sobre os seus produtos, crie um blog sobre o seu trabalho, em vídeo principalmente. Nos anos 90 só havia uma modalidade, a venda de porta em porta.

O emprego que ninguém queria, pois eles não davam ajuda de custo, não havia vínculo, mas que você pode experimentar. Aproveite o fato de que ainda é sustentado pelos seus pais para descobrir qual realmente é a sua, porém, não fique de galho em galho em empregos que você odeia. Aguente uns meses, as coisas podem melhorar, e se não der, saia com as portas abertas, não faça corpo mole, mesmo que o patrão nunca reconheça os seus esforços. Experiências ruins podem ser boas lições para a vida.

O problema que nos idos tempos de juventude, os anúncios nunca relatavam o que realmente eram.

Eu sei, você deve tá nessa fase, mas passe por cima. A revolução começa em você. O comunista quer apenas roubar o suado dinheiro do trabalho alheio, para viver no luxo, do qual eles não abrem mão, enquanto tu fica com as esmolas do Estado "forte". 


Caí em muita armadilha, eles colocavam um monte de palavras sedutoras para qualquer jovem que queria adentrar ao mercado:

Sem experiência

Salário+passagem

Oportunidade de crescimento na empresa

Um golpe antigo muito conhecido, pois todos eles eram de venda de plano de saúde, principalmente da Golden Cross.

Um dia reescrevo a minhas experiências com essas roubadas. Havia um texto sobre no meu antigo blog.

Apesar de tudo, em tempos atuais, dificilmente você realmente precisaria vestir uma roupa formal e sair a pé batendo de porta em porta vendendo esses planos. Aceite. Ou você descobrirá o seu potencial de vendedor ou descobrirá que não serve pra isso. De qualquer forma, ficará uma lição de vida e aprendizado e com certeza adquirirá conhecimentos importantes para a sua próxima experiência com seus erros e acertos no trato com o público e em vendas, que é importantíssimo para qualquer carreira. Seja qual for o seu trabalho, em infinitos momentos da vida, você terá que no mínimo se vender para ser contratado ou vender o seu produto como projetos de desing.

Eu não consegui estágio quando cursava o meu segundo grau, não abra mão dele. Mesmo que não seja remunerado. Como disse antes, aproveite bem os últimos anos de sustento dos pais.

 


A lição que fica é que pra tudo a um começo. Não basta fazer testes vocacionais, é preciso experiência. Não fique chateado se numa recepção, te colocam pra servir café.

A vida é calo nas mãos principalmente no começo. Se a sua formação permite trabalho autônomo, inicie, e se conseguir, trabalhe com ela de forma paralela ao emprego.

É um momento em que as oportunidades, todas, devem ser agarradas. Logo a idade vem, e eu duvido que alguém contrate alguém com 25 anos para estágio ou primeiro emprego. Não perca o seu tempo.

 

Eu perdi, e estou numa situação perigosa e de extrema fragilidade econômica. Não faça o que fiz, de “escolher” pra começar.

Não caia nessa balela de que se começar como faxineiro, pra sempre será faxineiro. Isso não sujará a sua carteira. Eu acreditei nessa papagaiada.

As decisões que tomará agora, repercutirão até o fim da sua vida.






Talvez você tenha a sorte de num programa de estágios e jovem aprendiz, você tenha a oportunidade de começar a sua vida corporativa via esse site, que dizem ser "o melhor" para conseguir emprego. Obviamente que anunciar currículo em Facebook ou qualquer outra rede, o efeito nunca vai além de compartilhamentos inúteis, lamentações e mensagens de autoajuda.

Porém, se a rede como todas as outras, virou um antro de vaidades e exibições. É bom pra quem já está trabalhando e postar nela o seu dia a dia no trabalho. As empresas costumam responder ao pedidos de empregos, caso seu currículo portado marquem ela, limitando a responder com o link do "trabalhe conosco".

Na real, se não tiver ao menos 5 anos de experiência, não dominar no mínimo duas línguas estrangeiras, o efeito do site é zero.  


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