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Mostrando postagens de 2016

UMA DECEPÇÃO CHAMADA POLAROID

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UMA DECEPÇÃO CHAMADA POLAROID O retratista oficial da minha família era o primogênito Almir. Ele estragou mais da metade das fotos, em todas saía a sombra do seu dedão encostada na lente. Ainda assim, por anos ele continuou a bater as fotos. Minha primeira vez foi numa festa de natal. Os mais velhos nunca passavam as festas de fim de ano com os pais. Com carros/motos endinheirados e namoradas e namorados, eles sempre tiveram outras opções, ainda assim o sítio estava cheio de irmãos e irmãs do meu pai. Ele me deu a máquina e pediu para eu bater uma foto dele com a minha mãe. Logo depois de batida a foto, ele sério sentenciou: _Se a foto sair queimada, eu vou te bater! Acabou o meu natal. Chorei o resto da festa, e devo ter estragado o natal de todo mundo presente também. Não era mimo de patricinha, era o medo de apanhar mesmo. As surras que levei do meu pai, me causam pesadelo até hoje! Que se foda! É isso que se fala para uma criança que nunca bateu uma
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CRÔNICAS ROXIANAS A Princesinha de Santa Amélia   "Gata borralheira você é princesa" Aproveitei a meia folga que tive no dia de finados para visitar o meu irmão. Era uma oportunidade única de encontrá-lo em casa cedo e de fazer uma boa caminhada. Atravessei a linha do trem, numa passagem clandestina. Poderia subir o viaduto, mas esqueci dele. Na linha do trem, é raro, mas você pode se deparar com algum jovem fumando a sua maconha e com a terrível geração Z tacando pedras no trem e até em você. Geração Z é a geração que nasceu em meados dos anos 90, que não tem bosta nenhuma na cabeça, vampiriza os pais, não têm educação mínima e nem limites. No cruzamento da Bayer, encontrei o que já esperava: Urubus. Devia haver uma centena deles, todos atraídos pelos despachos de macumba constantes neste local. De vez em quando há um bêbado entre eles, que aproveita a cachaça, quando não, um conhaque, a sidra e como vi uma vez, Whisky oferecidos ao povo d
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O NATAL DE POLIANDRA Quando eu era criança, o costume da minha família era toda ela se reunir na casa dos meus pais. Os mais bem sucedidos do clã. Apenas um tio que era tão bem sucedido quanto e algumas irmãs da minha mãe não compareciam na data, estas por preferirem passarem o natal na delas, avessas a aglomerações muita das vezes forçada entre parentes. Havia um casal de primos que só via nessa data. Alexandro, um pouco mais novo que o meu irmão caçula e minha prima Gisele um pouco mais velha que eu e minhas outras primas. Alexandro ficava com meu irmão, mas sempre que seu pai abria uma oportunidade de ter criança (homem) por perto dos adultos, colava na aba do pai. Gisele era uma chata, e desde os onze anos já se sentia uma “moça”, não participava das brincadeiras, não tomava banho de borracha e não saía de perto das asas da mãe. Seu papo era sempre o mesmo: o de quanto se divertiu com os adultos (mulheres) na cozinha. Homens na sala bebendo e mulheres na
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AS SENSACIONAIS AVENTURAS AMOROSAS DA ADRIANA! É comum crianças muito pequenas se enamorarem. Não é como o namoro aborrecente e nem de adulto. É uma coisa pura de criança, nada que faça os pais se descabelarem. Bem novinha me “apaixonava” e já tive pretendentes. O primeiro que me lembro foi um apaixonado por mim chamado Cristiano, ainda no CA. Não teve beijinhos nem nada, ele apenas gostava de ficar perto de mim e se declarava. Foi com ele que aprendi a escrever o número 8. Na segunda série primária, no pátio da escola a espera do ônibus, um lindo menino da terceira, loiro e de grandes olhos azuis se aproximou de mim, puxou conversa e me deu de presente o seu trabalho artístico de escola. Não maldei o gesto, mas o meu irmão maldou e contou tudo para os meus pais. Começou aqui a minha conturbada “vida amorosa”. Nunca pensei em namorar o Fernando, mas por causa da língua do Amiltom, por quinze dias diretos, fui ameaçada de coça pela minha mãe caso eu namoras