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Mostrando postagens de janeiro, 2019
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SOZINHA? Pode parecer estranho pessoas falarem de solidão em tempos de redes sociais, mas os céticos, os chatos, os sociólogos, psicólogos, psiquiatras, os analistas da vida alheia, os amantes da vida antiga, alegam que as redes sociais isolaram ainda mais os seres humanos. Existem pessoas cercadas de amigos que se sentem sozinhas, pessoas sozinhas que não se sentem solitárias em seus apartamentos, mesmo sem a presença de um cachorro, gato ou canário, há solidão no casamento, entre familiares e amigos. É um sentimento, não objeto, coisa, ou simples substantivo. É complexo, animal, vegetal (plantas podem se sentir sozinhas, sabia?) Mesmo que você descorde de tudo que escrevi até agora, nessa você concordará: A solidão é pejorativa. Vide as canções, os poemas, as crônicas, as análises de “especialistas”, que ao defini-la, sempre a colocam como o pior dos sentimentos, a pior das situações em que pode se encontrar um indivíduo. Ela enlouquece, adoece, destrói
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PAULINA Sempre me pergunto se famílias perfeitas existem somente em comerciais de margarina. Conheci muitas, dezenas de famílias problemáticas, a da Paulina era uma dessas. Ela era mais velha do que eu, da idade dos meus irmãos mais velhos. Conhecia de vista, porque de vez em quando, ela frequentava a minha casa como amiga dos meus irmãos. Uma vez fui comprar refrigerante para o jantar, em frente a avenida do seu Manel estava Paulina toda machucada, com respiração ofegante, havia cortes no seu corpo que sangravam. Perguntei o que havia acontecido ela respondeu: _Minha mãe me bateu. A cena assustadora para um adulto, imagine para uma criança, comentei com minha mãe, que imediatamente a acolheu. Ela dormiu em casa. Na manhã seguinte, comprando pão, dei de cara com Adelmo, procurando pela irmã, e disse que ela estava em casa. Minha mãe contratou Paulina como empregada da casa, ela teve a sua primeira e única festa de aniversário patrocinada pela D. Aparecida.
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MARTA A Marta foi entre tantas, uma das muitas empregadas que passaram lá em casa. Até onde sei, foi a que mais fez estragos na vida de D. Aparecida. Já publiquei aqui, o delicado tema empregadas domésticas. Que mesmo os meus pais sendo de origem extremamente humilde, não abriram mão de se comportarem como sinhô e sinhazinha em relação as suas empregadas. Folgas quinzenais, dormir no emprego, sem hora pra pegar ou largar. E por causa disso, apenas moças adolescentes ou mulheres solteiras trabalhavam lá em casa. A maioria não ficava muito tempo, outras apareciam, conversavam, aparentemente, aceitavam o emprego, e desapareciam. Essas eram as espertas. A relação dos meus pais com suas empregadas eram as piores possíveis. Uma vez meu pai incitou o meu irmão Alex a levantar a saia de uma delas, com o seu brinquedo “mão biônica”, a coitada chorou feito neném, e meu pai com a sua gargalhada espalhafatosa. Minha mãe era uma chata de galochas. Minha própria tia confirm
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O que vem depois das festas de final de ano? O carnaval. Vou falar aqui o pior de todos. O que parecia ser um carnaval inesquecível, afinal, Região dos Lagos, praia, sol... Foi o horrível, horroroso, pesadelo, traumatizante e não foi por falta de aviso do universo! Quando estávamos para viajar, o avô da minha colega morre. Achei que o feriadão já era. Mas não, ela me ligou. A viagem não foi cancelada. O tal avô, era padrasto da mãe dela, e como estava há muito tempo internado, a família já aguardava pelo desfecho. E fomos. De carro até a rodoviária Novo Rio, com o tio da menina. O velho me deu um fora, por entender mau as minhas palavras, na hora de ir ao banheiro, outro desentendimento com a “porteira”. O universo me avisando seguidas vezes a merda que seria o meu feriado. Mas fui, novinha, insisti. Era uma chance única de conhecer a região, Elaine era a única amiga de posses que tinha, que poderia me proporcionar essas mordomias, e meu pai estav