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Mostrando postagens de março, 2019
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ALMAS DE POBRE Maria e Rosa. Dizem que Rosa morreu nos seus braços, outros falam que Rosa morreu sozinha, pois quem estava presente e poderia lhe ajudar, surtou e saiu pelas ruas falando sozinha. Foram os vizinhos, que vendo a casa aberta e Rosa caida na cama por horas, entraram e concluíram a sua morte. A questão aqui, não é sobre apenas a monetária. Falarei de almas medíocres, e que a pobreza e a desgraça que teimam em reinar na vida dessas pessoas, é consequência do espírito baixo, pouco desenvolvido que elas têm. Pessoas que em determinado momento da vida, tiveram uma chance, quase que um bilhete premiado e desperdiçaram, não por intervenções alheias a sua vontade, como uma crise econômica ou sócios e família roubando-lhes, e o fator violência. Atualmente, tenho testemunhado vários empreendimentos fechando suas portas por causa da violência. Todo e qualquer empresário, se quiser ir adiante, tem que considerar o gasto segurança, que não é barato. FATINHA E
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OS MALUCOS E EU Meu pai tinha o costume de viajar pelos cantos de Mimoso do Sul, divisa com Espírito Santo, onde ele nasceu e viveu, e visitar seus parentes. Tias, tios e primos. Era um pouco chato. Eram casas que nunca tinham crianças, quando tinham elas eram arredias, na certa, filhos dos vizinhos, que tinham a sua atenção chamada pelo carro presente na casa ao lado. As vezes uma outra menina muito mais velha que eu, mas que por caridade, me chamava pra conversar ou brincar, mesmo com uma diferença grande de idade e mentalidade. Em uma delas, moravam duas mulheres. Não sei se realmente tinham parentesco conosco ou se era alguma afilhada de meu pai. Lembro que uma vez ele me disse que batizou um monte de meninas. Embora só mantivesse contato com duas: Rogney e minha prima Solange. As outras eram filhos de amigos e parentes dele que continuaram em Mimoso do Sul. Mais uma casa sem criança. Nessa não tinha, acho, nem eletricidade. Nem TV e nem rádio! Uma delas
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MOMENTO BIZARRO DA VIDA DA ANITA Bizarro? Momento Assustador Mesmo! Era um pouco tarde. Fomos acordados como um furacão pelos meus pais. Sob gritos, nos arrumamos, sairíamos para não sei onde. A família entrou toda no carro. Fomos parar em algum lugar em Nova Iguaçu, num hospital particular. Eu sem entender nada, acho que meus irmãos também. Fomos levados a um quarto particular, onde estava internada minha prima Elvira. Estava consciente, mas muito fraca. Ninguém nos falou nada. Ficamos em volta da sua cama. Escutei a Elvira sussurrar que era o seu fim. Minha mãe tentava consolá-la. Meu pai saiu do quarto, muito transtornado, acho que eu quis ir com ele, ou ele me chamou, não lembro. O hospital era grande, os quartos possuíam um janelão de vidro, onde eu via os internos. Acredito que deveria ser maternidade também. Meu pai caminhava rápido, estava difícil acompanhá-lo. Foi quando ele parou, virou-se em minha direção, e levantou o braço para me bater. Só
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MOMENTOS BIZARROS DA VIDA DA ANITA A Macumba de Vigário Geral Não sei precisar se isso aconteceu antes ou depois daquela chacina horrorosa, onde policiais invadiram uma favela em Vigário Geral, atirando a esmo, em pessoas inocentes, onde famílias inteiras foram executadas, em vingança ao assassinato de policiais no dia anterior. Mas foi por aí, no comecinho dos anos 90. Dona Eulina, iria tocar uma macumba no barracão da sua nova filha de santo. Um tipo de filho chamado de “enxerto” entre o meio. Filhos de santos iniciados e raspados em outras casas, e que acabam saindo desta, fazem suas obrigações em outras. Eulina convocou seus filhos a irem também, Rosa, como sempre, a contragosto foi. Ao chegarmos, a macumba ainda não havia iniciado, não por esperarem Eulina, mas porque a casa não tinha ogãs. Casa que não tem ogã, fica dependendo de ogãs de outras casas. A maioria, só comparece nesses casos, se forem pagos para isso. Ninguém apareceu, o jeito foi ape
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OS CRENTES E EU Não tenho rancor ou implicância com os crentes. Ao contrário, os trato muito bem. O erro que cometia, e que muitos cometem, e abri a porteira da casa, logo que se ver um crente, por achar que o cara, sendo cristão, é 100% confiável. E não são. Caráter não depende da religião. Ainda assim, fui criada dentro de um ranço familiar de “não gosto de crente.” “Crente é raça que não presta.” Por causa dos meus pais. Não sei qual a razão do Seu Miro não gostar deles. Não sei quais foram as suas más experiências com essa gente, mas o ranço da minha mãe era nítido: O seu padrasto. O “Seu Erpídio”, homem de quem nunca considerei avô, nem postiço, e minha mãe nunca me cobrou por isso, era pastor da Assembléia, um cara que nunca gostou de trabalhar, quando minha avó adoeceu, não podendo mais trabalhar na roça que ela tinha, trocou um gigante terreno, por um minúsculo de barro e água de poço. Quando minha avó morreu, no dia seguinte foi morar com a amante, que já
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MOMENTOS BIZARROS DA VIDA DA ANITA Durou mais de 20 anos! Quebrou porque o meu irmãozinho Assis, não parava de brincar com os botões. Meu pai tão severo com a gente, era um banana com o seu temporão. Apanhava dele e tudo! O CHUVEIRO DA FAMÍLIA Meu pai colocou dois ar condicionados e um chuveiro quente na casa. Para os anos 80, era um luxo. A casa era grande, a família era grande, as despesas gigantes. Não pensou duas vezes em colocar um gato para os condicionadores e chuveiro. Era criança, não entendia nada disso de gato. Apenas prestei atenção na nova cláusula pétrea da casa: NUNCA LIGAR O CHUVEIRO E O AR JUNTOS. Antes de tomar banho, sempre verificar. Eu e minha prima fomos para o banheiro, como sempre, me dirigi ao quarto dos meus pais, o ar desligado, e o cômodo vazio, o outro, idem. Tomamos banho tranquilamente. Normal. Sabia que não podíamos ficar com o chuveiro ligado direto, o banho seria rápido, essas coisas de quem usa chuveiro elétrico. No