MOMENTOS BIZARROS DA VIDA DA ANITA
Durou mais de 20 anos! Quebrou porque o meu irmãozinho Assis, não parava de brincar com os botões. Meu pai tão severo com a gente, era um banana com o seu temporão. Apanhava dele e tudo! |
O CHUVEIRO DA FAMÍLIA
Meu pai colocou dois ar condicionados
e um chuveiro quente na casa.
Para os anos 80, era um luxo.
A casa era grande, a família era
grande, as despesas gigantes. Não pensou duas vezes em colocar um gato para os
condicionadores e chuveiro.
Era criança, não entendia nada disso
de gato. Apenas prestei atenção na nova cláusula pétrea da casa:
NUNCA LIGAR O CHUVEIRO E O AR JUNTOS.
Antes de tomar banho, sempre
verificar.
Eu e minha prima fomos para o
banheiro, como sempre, me dirigi ao quarto dos meus pais, o ar desligado, e o
cômodo vazio, o outro, idem.
Tomamos banho tranquilamente. Normal.
Sabia que não podíamos ficar com o chuveiro ligado direto, o banho seria
rápido, essas coisas de quem usa chuveiro elétrico.
No final, minha mãe bateu na porta do
banheiro pra falar com a gente.
O banheiro da nossa casa, era
vergonhoso. Um banheiro pequeno, sem box, sem pia, a gente escovava os dentes
no corredor da casa, era idêntico a um banheiro de cabeça de porco.
Quando abri a porta para minha mãe, e
ela viu todo aquele vapor no teto do banheiro, começou a me bater raivosamente,
sem saber por quê.
Quando ela começou a gritar, entendi
a razão: O ar estava ligado. Mesmo falando que havia verificado, e o ar estava
desligado. Ela não acreditou.
Dada a surra e a bronca. Fui ver quem
havia ligado o ar...
Seu Miro, o patriarca da família,
autor da lei máxima da casa.
Paciência...
A sua chegada foi bastante comemorada! |
A BIRRA DE SEU MIRO
Nisso, eu e meu pai, somos idênticos.
Nossas birras são eternas. Deixei a máquina de costura da minha mãe se
esfarelar, a joguei na sucata.
Havia prometido a mim mesma nunca
mais botar a mão naquilo.
Uma vez me interessei em aprender
costura.
Ela havia comprado uma máquina, com
gabinete, que bordava também... A última geração da época. Comprou da vizinha.
Nunca usou.
Apenas uma vez, no sítio, que ela
brincou de costurar, e nunca mais mexeu novamente.
Ainda assim. Quando pedi para
costurar um retalhos, fazer roupa de boneca, ela disse sim, mas com uma cara
horrorosa. Reclamou o tempo todo, e quando fui pedir a tesoura emprestada da
minha avó, ela fechou a cara ainda mais.
Larguei tudo e abandonei a máquina.
Que ficou jogada e esquecida, até mesmo depois da sua morte.
Meu pai havia comprado um novo
chuveiro.
Estava com defeito de fabricação.
Trocou.
Com o segundo chuveiro, alguém quem
não sei, na certa ficou quietinho. Dormiu embaixo das águas quentes e queimou a
resistência.
Meu pai a trocou.
No terceiro dia, fizeram a mesma
coisa.
Meu pai nunca mais comprou um
chuveiro novo!
Xingou muito!
Esbravejou a sua promessa e cumpriu.
Voltamos ao banho de balde nos dias
frios...
Comentários
Postar um comentário