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Mostrando postagens de fevereiro, 2019
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UM PEDIDO DE DESCULPAS Coloquei algumas obras em um site de avaliação de editoras. A primeira parecia ter se interessado por uma das minhas obras, enviou um Email, um questionário, respondi, e depois me rejeitou. A segunda manifestou interesse por uma outra obra. Dessa vez foi pra valer. Fiquei toda boba. Fiz algumas pesquisas com escritores que estiveram experiência com ela, e as respostas não foram boas. Ainda assim, insisti. Era a minha chance. Depois de um contrato assinado, onde só então, me revelaram os valores para eu publicar a obra, fiz empréstimo, paguei o que pediram. Eles enviaram o modo de como deveria datilografar e formatar o texto. Tudo seria feito por mim. Até a criação da capa. Me vi com mais um obstáculo: A revisão do texto. E os revisionistas que eles me sugeriram, o mais barato era 1500 reais! Não tinha esse dinheiro. Arrisquei, e fiz o que nenhum escritor deve fazer, que descobri depois. Revisar o próprio texto. Livro lançado. Desc
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UM PAÍS DAS PEQUENAS AUTORIDADES Quando você entra numa repartição pública, e logo de cara vê aquele cartaz sobre uma lei em que o “desacato” a um funcionário público pode implicar em cadeia. Temos a noção do que o Estado pensa do cidadão: Somos os burros de cargas. Nosso papel é de ser chicoteado, humilhado carregar o pesado fardo de um Estado opressor, explorador, que não dá a mínima pra ti. Creio que vocês devem estar cientes do empresário negro que recebeu um mata leão da polícia baiana, dentro de uma agência da CEF. Tudo que ele queria era ser atendido. Depois de ser totalmente ignorado pelos gerentes, no fechamento da agência se recusou a sair, a polícia foi chamada, e deu no que deu. Ahhh... Mas não são todos assim! Eu sou funcionário público e sei o que passo. As pessoas já chegam socando a mesa, são mal educadas! Eu sempre atendi muito bem a quem me procura! Talvez, extremos como os descritos acima, não. Afinal, o cartaz ameaçador inibe.
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A LIBERDADE DE SER MEDÍOCRE O Cachorrão é esse com roupa de lenhador, O Cachorrão, era um dos alunos mais extraordinários que eu conheci e os professores também. Desenhava, fazia caricaturas fazia imitação dos outros alunos, (até de mim!), no jornal da turma, que foi censurado pela escola, para não competir com o jornal do segundo grau, que ninguém sabia que eles lançariam, pra depois, a escola acabar com ele também, por economia de despesas. E quem bancava o nosso era a nossa turma, totalmente independente da escola... Ele foi a grande mente por trás dele. Principalmente com as piadas e seção de cartas. Tinha professor cabreiro com o trabalho dele. Ao ver o rascunho da seção cômica e de abobrinhas do jornal, eles morriam de rir, mas fechavam a cara logo em seguida e avisava: _Se tiver uma única menção do meu nome no jornal, vou tirar ponto de todo mundo! Não havia quem não concordasse: Cachorrão vai ser jornalista/colunista/humorista/chargista... Algo d
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BICHO SOLTO E sou da geração cabresto. A filha só tinha um valor para a família, enquanto ela fosse virgem. Havia meninas com mais liberdade ou menos. Em tempos em que o nosso único entretenimento eletrônico era a TV, brincadeiras de roda, jogos de rua dominavam. Nem essa liberdade eu tinha. Cheguei a conhecer algumas garotas que transaram. Poucas sabiam o que estavam realmente fazendo. A maioria delas, acabavam difamadas pelo próprio namorado. Que no dia seguinte a transa, alertava a quem quisesse ouvir que “fulana não era mais virgem”. Comprar anticoncepcional era uma operação de guerra secreta. Ou o namorado comprava ou a garota comprava numa farmácia de um outro município, nunca no mesmo, pois o farmacêutico poderia comentar com os pais, o vizinho ver... Ou alguma amiga mais velha de confiança, comprar para ela. Remédios prescritos de boca. Ir ao ginecologista também era perigoso. Eu com mais de 30 anos, tive que escutar sabão de um médico, que
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PRAZER FEMININO PRELÚDIO l Uma Breve História da Camisinha Amigo, ela pode ser tão antiga quanto a humanidade. Pois seus primeiros registros vem de pinturas rupestres em cavernas da França. Sim, o homem das cavernas queriam fazer sexo, sem necessariamente,  procriar. O Egito antigo também a usava, de comum nesses dois ancestrais da camisinha atual, é que não se tem certeza do que era feito o material. Em 1500 ela surge ou ressurge como “saco de linho” para proteger os pacientes da sífilis. Em 1700, membranas de intestino de carneiro. Em 1843, que a camisinha passou a ser aproximar das atuais. Com a descoberta do processo de vulcanização, entrou o material usado até hoje, embora cada vez mais fino, sensível e evoluído: a borracha. Muitos associam o fruto do conhecimento a descoberta da malícia, do desejo sexual, mas até onde sei, isso não está na bíblia. Eva adquiriu para humanidade simplesmente o conhecimento = questionamento, liberdade de pensar. A humanidade s
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MINHA VIDA MINHA MORTE Nasci numa família de posses. Tive quarto e brinquedos. Porém com um cabresto curto e sufocante. Não podia brincar na rua, não podia ter amigos. Não podia gargalhar alto. Minha mãe uma senhora doente e stressada, meu pai um ignorante, a ponte de literalmente começar a relinchar dentro de casa. Nunca soube por quê ele fazia isso. Talvez por está puto com alguém, e o relincho dele seria a forma de ele agredir o causador desse seu stress. Foi na adolescência que percebi o que eu realmente me tornei. Uma destrambelhada social. Não namorei, não aproveitei o pouco tempo de beleza que tive, pois não sabia usar o cabelo, não sabia me vestir. Minha fase adulta foi um desastre. Perdi tudo. Até hoje, nada realizado. Meia idade, a velhice batendo a minha porta. Cheguei na fase onde homem nenhum quer me comer mais. O que espera dela? Nenhuma novidade. O mesmo de sempre. Isolamento total. Não sei se quero ter uma vida longa.