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Mostrando postagens de outubro, 2020

FINADOS E A MINHA QUIZILA COM OS CEMITÉRIOS

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FINADOS E A MINHA QUIZILA COM OS CEMITÉRIOS   O dia de finados é tão forte entre os católicos quanto entre os de religião de matriz africana. Uma vez, acompanhando uma amiga, vi um cemitério cheio, com pessoas vestidas de branco e, ao que me parecia, fazendo rituais em volta das sepulturas. Havia o clichê da venda de flores, velas e os “coveiros de última hora”, gente com enxada na mão, oferecendo serviços de capinagem e limpeza de túmulos. Principalmente nas covas simples, sem jazigo, enterrados sob a terra e uma simples cruz. O filho da Rosa estava nesse estado. Ela nunca teve dinheiro para adquirir um jazigo para o filho, que morreu jovem.   No candomblé e na umbanda, espírito de morto recebe o nome de egum. E não é uma coisa boa. Os mortos devem seguir o seu caminho. Se ficam por aqui, perdidos ou presos na nossa realidade, podem ser chamados de encosto, o espírito, nem sempre de um morto, que vive de sugar as forças de um vivo. Atrasando, atrapalhando a sua vida.