Pouco a pouco esses textos antigos estão sendo descobertos. Estão passando adiante e gostando. Ok, devagar, mas pra um blog sem anúncio nenhum, tá bom.
A HISTÓRIA DE BETO Beto é um viadinho que conheci nos meus tempos em que frequentava a macumba. Ele foi o segundo caso do meu irmão Almir. O primeiro foi o Eriveltom. Vou falar do Eriveltom um pouquinho: Tudo que sei é por convivência e por dizeres de terceiros. Não vou aqui questionar se as pessoas nascem gay ou se tornam gay ou o se mundo é gay, pois a heterossexualidade não passa de uma imposição judaico cristã. Afinal, em tempos da Grécia e Roma antiga, o relacionamento entre homens era até mesmo incitado, principalmente pelos gregos, pois eram tão machistas, que muitos sábios se recusavam a dividir o prazer com um ser tão inferior quanto a mulher. Preferiam estuprar animais ou se relacionar entre si. Até onde vai a misoginia de uma sociedade... Em Roma, praticamente todo menino era estuprado por um "mentor sexual" que lhe ensinaria o sexo... Eriveltom foi o primeiro e o amor da vida do meu irmão. Foram anos de relacionamento. Na minha famíl
VOCÊ NÃO TEVE CULPA (NEM EU) Chalana enterra o seu filho. Não havia choros ou gritos desesperados no velório. Apenas um silêncio sepulcral. Todos ali evitavam se olhar. A cabeça baixa era regra. NInguém chegava perto do caixão lacrado. Gustavo destruiu sua cabeça, com uma espingarda de cano duplo, com um tiro no céu da boca. Um adolescente, na flor da vida, que resolveu acabar com ela. Chalana está estática. Seus olhos parecem secos de tanto chorar, sem brilho. Nem parece respirar. Ninguém chega perto dela. Seu ex-marido, sua mãe, ex-sogra, irmãos. Apesar de cabisbaixos, os olhares de todos os presentes se dirigem a ela. "Ela não percebeu?" "Como ela não viu o que acontecia em baixo do próprio teto?" "Mãe desnaturada que não sabe o que se passa com o próprio filho!" Seu ex, depois de ficar horas do lado de fora, sem conseguir entrar na sala onde o caixão é velado, de fora, observa a ex-esposa. Parece querer tomar impulso par
PAIS PERFEITOS A paixão nacional chamada Kombi, por muitos anos trafegou pelo Brasil como uma bomba relógio. Décadas depois admitida pela montadora: a sua facilidade em pegar fogo. Eu, meu irmão Almir e Alex fomos vítimas dessa armadilha. Não foi adiante porque havia extintor. Mas foi o suficiente para eu sair do carro, apavorada, gritando “A Kombi tá pegando fogo!” e derrapar na estrada de terra batida e cair no chão... Sob os olhos de uma senhora em pé no seu portão que a tudo assistia e não moveu um dedo por nós... Meus irmãos duas vezes por semana faziam judô no CEM, mesma escola em que Amiltom estudava à tarde, assim como eu e Alex. Nesse dia até eu senti que meus dois irmãos estavam demorando a chegar da aula. Já escutava os gritos de lamúria e preocupação com a demora. Em vez de chegarem por volta das dez da manhã, chegaram um pouco depois das onze. Estava na sala, almoçando. Era o nosso horário normal, pois meio-dia tínhamos que está de banhos tomados, alm
Seu próprio gênero de terror.
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