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A MÁQUINA DE COSTURA DA MINHA MÃE - REMAKE

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  Décadas se passaram e atualmente, alcancei o auge da minha maturidade. Revisei conceitos,, comportamentos passados e até minha fé. Entretanto, embora me sinta arrependida da minha mesquinhez. De ter se desfeito de algo tão caro a minha mãe, a última lembrança física dos tempos áureos da família, digo que não foi gratuito. Não foi o comportamento de uma pobre menina rica e mimada. Quando somos crianças, é comum nos interessarmos por alguma arte/trabalho manual. O meu primeiro foi o crochê. Era bem criança, mas já conhecia meninas da minha idade que mandavam bem no crochê. Faziam porta moedas, paninho de penteadeira, chapeuzinho de boneca. Queria muito aprender.  A papelaria São Jorge abriu um curso de crochê gratuito. Era comum nos anos 80 papelarias abrirem esses cursos artesanais.  Implorei a minha mãe, mas ela não deixou. Levar e trazer a filha alguns dias de semana de um curso, nunca esteve em seus planos. Enquanto ela foi viva, nunca nem pude fazer trabalho de escola na casa de u

GAROTOS

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  GAROTOS Se virar, Catar, Vender e Brincar  Há reciclagens que vivem exclusivamente de crianças. Pode não fazer do ferro velho um grande sucateiro, mas alguns vivem bem com esse estigma. Na sucata, muita lata, vergalhão, cadeiras e carrinhos de bebê  Muito papelão, plástico e latinha. Não há muito dos materiais nobres como latão, bronze e cobre. Desde bem criança, testemunhei pequenos que, sabe-se onde, apareciam com o seu material pra vender. Quase sempre o pagamento era uma mixaria, porém o suficiente para pipas e doces. Às vezes me sentia culpada. Alguns mal vestidos e sujos, e eu limpa, bem vestida e alimentada. Entretanto, quase sempre invejava a liberdade. Afinal, eles viviam livres a caminhar pelas ruas, se embrenharem em matagais, lixeiras, a procura de um bem, que na minha situação daquela época era farta: dinheiro. Se quisesse doces, bastava pedir aos meus país. Daria todo meu conforto pela liberdade, e alegria das crianças, principalmente quando saíam saltitantes, gritando

1988

1988   Projeto parado. Não vou mais investir dinheiro em algo que só me traz retorno social. A vida não é somente aplausos.

Minha Lojinha no Enjoei

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Eu no enjoei  

O Orelhão Portátil

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MOMENTO BIZARROS DA VIDA DA ANITA   O Orelhão Portátil  De início, essa contagem até funcionava.  Poderia servir de parâmetro, porém, nunca foi uma ciência exata. 67 latinhas = 1K Já nessa época pesava latinhas com 70 unidades no saco ou mais, para dar 1k.   Às vezes o freguês perguntava e respondia sim, porém, deixava claro que era um parâmetro.  Um dia. Chegou um senhor e seu filho. Estava entusiasmado e orgulhoso, as latinhas , pelo que eu entendi, foram juntadas pelo filhote. Embora, pelo seu carro e jeitão de tiozão bem sucedido, não precisasse. Pesei o primeiro saco, e deu 0,900g.   O pai de bermuda, camiseta regata, meia , tênis importado, e óculos na cabeça, mudou imediatamente. Começou a gritar, me chamar de ladra, e disse que eu havia dito que um quilo de latinha era 67 unidades.  Tentei explicar que o peso estava dentro da margem, nada adiantou.  Lembro do seu garoto assustado, querendo acalmar o pai. E o tiozão no seu showzinho.  A gritaria chamou a atenção de Paula, que

Desafio e Desânimo

Eu ia publicar aqui, mas plataforma não tolera o tamanho do arquivo.

Obrigado Leitores Sempre poderei Contar com Vocês

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