A DIREITA E O CARNAVAL

Apenas mais uma das fantasias/alegorias que ofendem o presidente eleito. A mente dessa gente da cultura é atrasada e cega, Preferem um governo corrupto, cujo legado sempre será a miséria, contando que o dinheiro público continuem bancando o seu circo. Essa política funciona desde os tempos de Roma.


As primeiras festas que deram origem ao que é hoje o carnaval datam de4000AC , quando aconteciam as primeiras festas agrárias dos povos primitivos.
Posteriormente a festa foi se desenvolvendo, chegando a ser festas em homenagem ao Deus Baco e a Saturnália.
Baco é o Deus do vinho, da fertilidade, do teatro, amante da paz, símbolo mitológico do hedonismo.
Não estaria errada em afirmar que ele está muito ligado a dois pecados capitais: a gula e a luxúria, embora de início, não era bem essas as suas “responsabilidades”, porém, como Deus do vinho, e o vinho, como toda bebida alcóolica, embriaga e desinibe, acabou-se associando Baco aos exageros do Homem, a permissividade. O cara perde pontos com o cristianismo.



O que há de comum com a Saturnália, e que essa festa, que mais tarde, seria abraçada pela igreja e adaptada aos festejos de natal, é que durava quatro dias e nesses quatro dias, os escravos eram “livres”, tinham seus pedidos atendidos pelos seus senhores, sendo até mesmo, servido por eles.
Apesar da gritaria do politicamente correto, que vem censurando pouco a pouco tudo que eles odeiam, manipulando e cobrando culpa na sociedade, pra mim, só cai nessa conversa os idiotas úteis e os bundões, que sem saber os reais objetivos dessa manipulação (o controle social e a censura), é no carnaval que nos tornamos o que não somos, o que gostaríamos de ser, nem que seja por um instante da vida, que homenageamos o que não somos, que brincamos com o diferente de nós. Daí homens se vestirem de mulheres, homens e mulheres se fantasiarem de índios, ciganos, caipiras, animais, seja lá o que quiser.

A esquerda “não é contra o carnaval”, pra ela, quanto mais circo melhor. Povo que cai na conversa da esquerda, é o povo cativo, iludido, sem independência intelectual. O carnaval da esquerda, seria um carnaval, como tudo que ela quer, sob controle total do Estado. Foi o que Getúlio fez. O atual modelo de desfiles das escolas de samba é totalmente dele, e com ele, os enredos tinham que ser somente com temas nacionais.
Com ele, iniciou-se o vício  da cultura em fomentação estatal, foi com ele também que o cinema começou a mamar nas tetas do Estado. Criando uma cultura viciada em dinheiro farto, fácil, voltada para o próprio umbigo, afinal, ela não precisa agradar o público para se pagar.
E veja no que esse país se tornou culturalmente.


PAÍSES DA AMERICA LATINA LAUREADOS COM O PRÊMIO NOBEL
Argentina
Chile
México
Costa Rica
Colômbia
PAÍSES GANHADORES DO OSCAR
México
Argentina
El Salvador
Uruguai

O LEGADO DE PAULO FREIRE

Enquanto diretores latinos e asiáticos cavam carreiras firmes e fortes em Hollywood, a inserção dos brasileiros ainda é tímida. Eu sei, vai citar o Hector Babenco, mas ele é argentino, da escola argentina, fora o clássico O Beijo da Mulher Aranha, sua carreira internacional, limitou-se a filmes de baixa bilheteria, sim o cara tinha prestígio por lá, mas não tinha retorno comercial. Chega um ponto que a indústria perde a paciência, mesmo com filmes elogiados pela crítica.
Um adentro:
Central do Brasil merecia os dois Oscars (filme estrangeiro e atriz), mas se olhar a premiação de 1999, não foram laureados, nem os filmes que se ganhassem no lugar de Central do Brasil, seria ao menos um Oscar justo. As principais premiações foram dadas a filmes hoje esquecidos.
E Cidade de Deus recebeu uma esnobação histórica dos jurados. A velha guarda não entendeu o filme, e na sua apresentação aos jurados que indicavam os filmes para concorrer, mais da metade abandonou a sala de exibição nos primeiros quinze minutos da película.
Quando concorreu no ano seguinte, havia o arrasa quarteirão Senhor dos Anéis. Nunca me interessei em assistir essa bosta...
 
ENTRUDO, O CARNAVAL TRAZIDO PELOS PORTUGUESES
Voltando ao carnaval...

O significado atual do carnaval, e dos quatro dias de folia e exageros que prescindem a quaresma. O tempo da reclusão, oração e abstinência. Sabe aquele cara que antes de iniciar oficialmente um regime rigoroso, come de tudo, se empanturra até passar mal nos dias anteriores? Mais ou menos assim, é o carnaval. Embora eu não conheça ninguém que siga rigidamente os preceitos da quaresma católica.
Nem a sexta-feira santa tinha algum significado na minha família. Cansei de comer carne nesse dia.
Apesar do carnaval estar intimamente ligado as datas católicas da páscoa, ele é ainda uma festa pagã.
Diferente das outras, como o São João, ele não foi abraçado e adaptado aos festejos católicos.
É pecado pular carnaval. Ainda é comum muito folião sair da folia e ir direto para a igreja, na quarta de cinzas, para purgar os pecados.
 
JÁ FOI TARDE. ATÉ HOJE O ATRASO DO PAÍS SE DEVE A SUA POLÍTICA FASCISTA, EM SEGUIDA, VEIO JK...
O ATUAL DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA, É TODA NORMATIZADA POR ELE.
Tem-se aí um tensionamento da igreja cristã, com os foliões.
Onde pouco a pouco, a festa, acabou sendo abraçada por praticantes da umbanda e candomblé. Onde escolas têm seus orixás protetores, mesmo que sincretizados com santos católicos, como São Jorge/Ogum na Império Serrano, não tem como desvincular Xangô do Salgueiro, cujas cores, são as mesmas do orixá.
Mesmo que a maioria seja de “católicos apostólicos umbandistas” ou católicos mesmo, o carnaval sempre foi visto por uma parte considerável da população brasileira, com vergonha. Uma mancha para o país, mesmo ele, sendo um  dos símbolos do Brasil.


Revendo as transmissões dos desfiles das escolas, se tem uma coisa que me irrita muito, é o ângulo das câmeras de TV, independente das fantasias.
Sempre de baixo pra cima, Mesmo que a fantasia tenha um saião, as câmeras de TV procuram ansiosamente pelas pernas e as genitálias do brincante.
Ok, tem foliã que também coopera. Em outro desfile, vi um passista que simplesmente correu pra câmera de TV e sentou em cima. Foi retira pelo diretor de harmonia...
Não tenho nada contra a nudez.
Infelizmente o estrangeiro não entende o carnaval, e passa a ter ideias confusas do povo brasileiro. Com a ajuda da propaganda do país no exterior dos governos brasileiros, que não vendiam o país, mas as suas mulheres ao turista.
Quando um guitarrista de um grupo de rock se apresentou totalmente nu, numa apresentação do Hollywood Rock, nos anos 90, e foi levado à delegacia após o show. Ele alegou que ao ver as transmissões do carnaval Brasil, achou que a nudez fosse algo natural por aqui...
Filme hollywoodiano mostrando as praias brasileiras com mulheres de top less e pássaros nos ombros...
Nos anos 90, houve o casal arroz de festa de verão. Onde a companheira praticava o top less, e um monte de policiais a rodearam para prendê-la, sob os protestos do casal.
A cena foi filmada e rodou o mundo, isso, antes da internet. Os jornalistas estrangeiros não entendiam como o país do maior carnaval do mundo, davam voz de prisão por uma prática tão comum na Europa.
Alguns anos atrás, algumas mulheres marcaram um encontro pelas redes. O projeto do top less estava para ser retirado, ele os liberava desde os anos 90. Umas 300 confirmaram presença, mas apareceu menos de meia dúzia, que se sentiram intimidadas, pois homens com cara de tarados a cercaram...
O Brasil não é apenas o carnaval.
O Brasil e cristão e conservador.
O carnaval é um importante tentáculo da cultura do país, e deve ser respeitado por isso, mas não o define.


Com a ascensão da direita conservadora no país. As vozes por décadas caladas e ignoradas pelos meios tradicionais midiáticos, o carnaval se tornou a “primeira briga” do governo Bolsonaro.
Oficialmente, o questionamento foi pela subvenção milionária dada a artistas e escolas de samba, para o período.
Eu mesmo não entendo, como um artista pode encher o bolso com a grana da prefeitura e estados, e ainda cobrar um absurdo para participarem dos desfiles dos seus trios.
Sabe, eu acho nojento aqueles cordeiros que cercam os trios, na rua, que é pública, chutando quem e de fora e quer participar de dentro da festa.
O sambódromo, foi construído com o dinheiro da educação. A desculpa que no ano letivo, funciona uma escola lá...
Escolas, que embora recebam a mesma quantia em dinheiro, fazem carnavais nitidamente diferentes.
Uma caindo aos pedaços, outra luxuosa.
Já soube de presidentes que apareceram no barracão de bermuda e chinelo, eleitos, saíram dela com carro blindado e segurança... Enquanto a grande escola afundava nos desfiles.
De super faturação na compra de componentes para fantasias e alegorias.
Acredito sim, que as escolas devem aprender a se venderem. A terem seus desfiles cada vez menos subvencionados pelo dinheiro público.
Talvez a gente passe por alguns anos com carros pequenos, e fantasias pobres, mas logo, mesmo que de forma dolorida, elas reaprendam a serem independentes, como era no início.


A direita não é contra o carnaval. Embora a esquerda diga que sim, que é perseguição racial, social e religiosa.
Pode até ter umas amebas que criticam o carnaval por isso mesmo.
Contudo, esses devem ser lembrados que somos um povo plural, com liberdades únicas. O povo mais mestiço do mundo.
O Brasil sabe fazer uma festa, ele só não sabe como ganhar dinheiro com ela.
Essa inabilidade com os negócios é do brasileiro mesmo. Começa desde o berço, quando na escola, ensinam que bem sucedidos são exploradores e maus.
Que o empregador mais justo do mundo é o Estado(?).
A “ilha da fantasia” chamada Brasília, é um grande exemplo dessa justiça que o Estado promove...
É preciso ter diálogo. A direita têm suas críticas, (justas ao meu ver), entretanto, o carnaval não é uma festa a ser reprimida, criticada e odiada.
A direita deve ensinar o carnaval a caminhar com suas próprias pernas. Respeitá-lo como uma força do povo, mesmo de um povo que não compadeça das suas crenças.
Ser de direita não é ser contra o carnaval, como muitos pregam.
É ser livre, independente. É ter orgulho de fazer uma festa, sem precisar tirar dinheiro do hospital ou escola.
O mundo do samba só tem a ganhar com isso.




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Comentários

  1. Esse modelo roteirizado de carnaval, que na prática só serviu para uma emissora de TV impor como modelo a ser seguido para todo o Brasil uma caricatura do "malandro" carioca e vender aos turistas estrangeiros uma imagem do país como um prostíbulo a céu aberto, já seria problemático mesmo com um fim do financiamento público.

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    1. Se você rever os antigos desfiles, ficará ainda mais assustado. Passistas simplesmente sentava na câmera. Imagine isso ao vivo para o mundo... Obrigada pelo comentário. Sempre abro os comentários com temas políticos temerosa, mas valeu à pena ouvir o seu.

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