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Mostrando postagens de dezembro, 2024

FELIZ ANO NOVO, NELLY

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  FELIZ ANO NOVO, NELLY   É um texto muito difícil de escrever. Vão me julgar como radical e/ou narcisista e/ou ruim mesmo. É uma resposta, resposta a um aceno, a um “Feliz ano novo” que ela me dedicou ano passado. Não sei se ela está viva, se está bem, porém, faz de conta que nada mudou na vida dela. Se não aconteceu nenhuma tragédia, tudo deve estar muito bem. Então: Nelly, talvez eu tenha confundido você com outra coisa, e não é difícil alguém se enganar contigo. Afinal, você quase toda semana, postava uma pizza gigante, com você e seus familiares em volta, achava que você gostava de pizza, e você disse-me que não (?). Parece que comer pizza pra você nos domingos à noite era quase um sacrifício pela família, então, seu sorriso na foto, não era pela pizza, era pelo final de domingo, irmãs, sobrinhos, sobrinhos-netos reunidos.  Por eles, valeria o esforço de comer uma pizza.   Você venceu, rodou o mundo, talvez não pareça uma rica, embora tenha min...

TABU

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 QUEBRANDO TABU Lembro do Tabu na penteadeira da minha mãe. Em tempos de taxações absurdas e mercadorias proibidas de importação, (Não, eu não falo de tempos atuais!), eram os anos 70/80, Avon e Christian Gray dominava o móvel. Havia um que não foi vendido pela vizinha ou pela amiga da minha mãe. Nesses longínquos anos, o Tabu já era o perfume da vendinha da rua, da farmácia do João. E carregava a pecha de “perfume antigo”. Cheiro de vovó. Atualmente, é cheiro da bisa ou Tata. Pois quem ocupa atualmente o posto de “cheiro da vovó” é a Avon. Como descrever o Tabu? Forte, entretanto, íntimo  Penetrante Inebriante Eterno  Tabu é um segredo.  O perfume do pinguinho no dedo, e este, toca em cada orelha. Nunca mais vi o Tabu. Nunca comprei o Tabu. Mesmo ele custando menos de cinco reais na vendinha. Dizem que na década de 30, era o perfume que identificava as prostitutas. Adulta, nem pensava no Tabu. De vez em quando, quase alugava meus buracos em posto de gasolina pra co...